terça-feira, 20 de setembro de 2011

FOI QUASE UM AFOGAMENTO

Você já parou para pensar que essa enorme distância entre dois pontos foi criada por você? E que, mesmo havendo um singela oportunidade de você parecer estúpido e sensível, preferiu a racionalidade e a insensatez? Perdoe-me por querer extravasar a raiva que, por pedido seu, não deveria estar acontecendo, mas meu sangue de barata é vermelho o suficiente para que meus olhos e ouvidos não explodam.

Certa vez eu avistei um barquinho navegando longe. E avistei você, acenando dentro dele. Não te olhei, porque sabia que meu porto não comportaria tanta ilusão e docura. Mesmo assim você veio entre ondas, entre passados. Bem que eu poderia me deixar levar para dentro da água, como você pediu. Mas, algo em mim dizia para manter-me no ar. A liberdade de respirar me salvou e hoje só vejo aquele pontinho, longe, longe, longe...

E espero que nenhuma corrente o traga à margem novamente.

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